segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

+ ARTISTAS BARROCOS

A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais representativos, de outros países da Europa, temos: 


Velázquez
- além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história. 

La Familia de Felipe IV ou Las Meninas, século XVII






O Conde Duque de Olivares, 1624,  Museu de Arte de São Paulo



Venus ao espelho, 1648


Rubens
(espanhol) - além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores vibrantes, que contrabalançam a luminosidade da pele clara das figuras humanas. 


Susanna Fourment, National Gallery

O Jardim do amor

>> A composição O Jardim do Amor, do pintor Peter Paul Rubens, reflete a sua felicidade, depois de, aos 53 anos de idade, viúvo, casar-se com uma garota de 16 anos. Não é à toa que tantos querubins esvoaçam pela tela, pintada logo após o casamento do artista francês.
Ao contrário da maioria das obras de Rubens, O Jardim do Amor, que também foi conhecida como A Corte dos Prazeres de Vênus, não foi feita sob encomenda, mas para o deleite do próprio pintor, que recupera a sua alegria existencial, ao lado de sua nova e graciosa mulher.<<

CRISTO

 SIMÃO

Rembrandt
(holandês) - o que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa. 

Aula de Anatomia, 1632

As três cruzes, gravura em metal (1653)

BARROCO NA ITÁLIA

Caravaggio
- o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador. 


Vocação de São Mateus 


O incrédulo São Tomé


Medusa


Andrea Pozzo
- realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade. 
A Glorificação de Santo Inácio, Igreja de Santo Inácio em Roma

BARROCO

A arte barroca surgiu em meados do século XVIII, na Itália. A igreja católica adotou o formato artístico em suas construções e propagou a nova onda cultural por vários países do continente europeu. O movimento foi criado após o desenvolvimento do Renascimento e ambos seguiam uma ideologia semelhante, em que valorizavam elementos da antiguidade.
O mundo passava por diversas descobertas e reformas sociais e políticas. A religião católica estava perdendo muitos membros para os seguidores da ideologia de Martin Lutero, com o protestantismo. Estabelecia-se, então, a Monarquia: o país era comandado por um rei ou imperador.
As obras do movimento Barroco apresentam características fortes e vivas, o que mexe com o emocional do ser humano. Ao se deparar com as construções e/ou pinturas da arte barroca, é possível observar os detalhes e a proximidade que elas têm com os seres humanos. O sentimento nas obras, a beleza, eram características bem fortes.
O Barroco chegou ao continente americano, juntamente com os colonizadores europeus. Muitas das construções dos países da América são da arte barroca. O Brasil, por exemplo, possui algumas cidades onde ainda existem essas edificações, como é o caso de Ouro Preto, em Minas Gerais. No estado da Bahia, encontram-se enormes igrejas, dos séculos passados e a influência da arte barroca se faz presente.
Não apenas em grandes edificações é que o Barroco exerce influência, mas também em objetos de decoração como os móveis, por exemplo. Ainda hoje existem camas, cômodas e outros acessórios desenhados de acordo com esse tipo de arte. Era comum o uso deles nos palácios reais e um exemplo disso era o Palácio de Versalhes, onde residia o rei Luís XIV, da França.
A arte barroca marcou a história no campo da música. A partir desse movimento, surgiram os grandes mestres da música erudita, além do nascimento dos gêneros como a ópera, a suíte e os concertos. Também os movimentos do Barroco e do Rococó marcaram grande parte da Europa e revelou um dos maiores artistas da cultura brasileira, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

CARACTERÍSTICAS MARCANTES
No movimento Barroco, há uma valorização do contraste entre as coisas opostas, chamada de culto do contraste. Neles, os extremos são colocados em um mesmo lugar e mesma obra, como forma de aproximação dos extremos, como a junção do sagrado e do profano, a juventude e a velhice, os céus e a terra, pecado e o perdão, dentre outros.
pessimismo (e exagero) também é outra característica encontrada na arte barroca, assim como o conflito entre o 'eu' e o mundo, em que os autores se sentiam divididos entre razão e fé. Na arte barroca, encontram-se alguns atributos que relatam o sofrimento do ser humano, com miséria e dor. O Apóstolo Pedro, sendo crucificado de cabeça para baixo, é um dos quadros da arte barroca
O Barroco teve grandes influências na arquitetura de alguns dos países da Europa e da América Latina também. As construções não costumam seguir padrões geométricos, muito menos simétricos. As edificações barrocas são imensas e belíssimas, repletas de detalhes, além dos desenhos em curvas. Muitas delas servem de referências religiosas e recebem milhares de devotos, como é o caso da Catedral de Santiago de Compostela, na Galícia, Espanha.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

MANEIRISMO

Os artistas italianos buscam uma arte contrária aos princípios da Renascença, mais turbulenta, com novas idéias e invenções: o Maneirismo, que tende à estilização exagerada e capricho nos detalhes, marcando a transição da Renascença para o Barroco entre os séculos XVI e XVII. Foi, por muito tempo, relacionado ao mau gosto e aos excessos; os artistas buscam maneiras de renovar e desenvolver habilidades e técnicas do Renascimento, com um espírito diferente, criando uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, sua marca inconfundível. 

Obra do artista Giuseppe ArcimboldoVertumnus, retrato de Rodolfo II 


Na arquitetura, as igrejas são construídas com espaços longos e estreitos. As naves são escuras e os coros (parte da igreja destinada ao canto) com escadas em espiral levam a lugar algum, produzindo uma atmosfera de rara singularidade decorada com guirlandas de frutas e flores.


Na pintura, há a deformação da realidade: uma multidão de figuras se comprime em espaços reduzidos que formam planos paralelos, irreais, numa atmosfera de tensão permanente; formas esguias e alongadas dos corpos substituem os membros bem-torneados do Renascimento, com rostos melancólicos e misteriosos; a luz concentra-se sobre objetos e figuras produzindo sombras inadmissíveis; os protagonistas não ficam no centro da perspectiva, mas em algum ponto da arquite
tura, tornando-os difíceis de ver. Tudo contribuindo para uma tensão permanente no cenário e nas personagens.


Giorgio Vasari: Perseu liberta Andrômeda, 1570. Palazzo Vecchio

Na escultura, o conceito de arte pela arte e o distanciamento da realidade somam-se às formas clássicas: repetem-se as características da arquitetura e da pintura, as formas caprichosas permanecem; isso tudo dando um equilíbrio frágil e respeitando a composição geral e a graciosidade do conjunto.


Giambologna: O rapto da Sabina, 1582. Florença



Fontes:

http://www.brasilartesenciclopedias.com.br/
http://www.acrilex.com.br/

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

RENASCIMENTO :: ARQUITETURA

Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque. 


Principais características:

• Ordens Arquitetônicas 
• Arcos de Volta-Perfeita 
• Simplicidade na construção 
• A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas 
• Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares) 

O principal arquiteto renascentista foi Brunelleschi, um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática e Geometria. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença, Basílica de São Lourenço, e a Capela Pazzi.


Basílica de São Lourenço


Catedral de Florença

A Capela Pazzi é considerada uma das obras-primas da arquitetura do Renascimento italiano. Está localizada no claustro da Basílica da Santa Cruz, em Florença.



Interior da Capela Pazzi



Fonte: http://www.historiadaarte.com.br/


RENASCIMENTO: Bosch ::

Renascimento: O Jardim das Delícias Terrenas, de Hieronymus Bosch


O Jardim das Delícias Terrenas é um conjunto de três pinturas feitas por Hieronymus Bosch quedescreve a história do mundo a partir da criação, mostrando o paraíso e o inferno. Estima-se que a obra tenha sido acabada entre 1480 e 1505.


Por terem sido feitas sobre madeira, as pinturas laterais possuem dobradiças que, quando abertas, se assemelham a asas, e fechadas exibem as seguintes inscrições: "Ele mesmo disse isso, e tudo foi feito" e "Ele mesmo ordenou e tudo foi criado". À esquerda é possível ver o paraíso terrestre, já à direita o inferno. A pintura central é o jardim das delícias terrenas, que nomeia a obra.
simbolismo é a característica marcante da pintura, podendo ser visto por diversas imagens que possuem significados individuais. No primeiro quadro, por exemplo, existe uma fonte da vida, de onde os rios do paraíso fluem. Em contrapartida, pode ser encontrado na pintura do centro um lago com mulheres nuas, que representa uma versão pecadora da fonte do paraíso.




No inferno (à direita) existe uma figura intrigante: o rosto de um homem que parece estar entre um ovo e uma espécie de árvore. Muitos afirmam que esse rosto é um autorretrato de Bosch, que carrega sobre sua cabeça uma gaita de fole – instrumento que por vezes tinha conotação sexual e que por isso pode ter sido retratado no inferno.


beleza e a luxúria são elementos que se mesclam na obra, e um bom exemplo disso é o casal preso numa bola de cristal no jardim central. Ele está envolto de diversas figuras, cores e objetos, e, ao mesmo tempo, faz alusão ao ditado popular Flamenco “A felicidade é como vidro, logo quebra”.



O Jardim das Delícias Terrenas é considerado uma das obras moralizantes mais enigmáticas, complexas e belas de Bosch, e foi feita perto da sua morte. Após a sua criação, foi adquirida num leilão pelo filho ilegítimo do Duque de Alba, e levada para o El Escorial em 1593. Atualmente, pode ser vista no Museu do Prado, em Madrid, na Espanha.

Fonte: noticias.universia.com.br

RENASCIMENTO :: ESCULTURA

Seguindo as linhas do pensamento humanista e o resgate dos valores greco-romanos, a escultura renascentista deu ênfase à importância do homem e suas atividades. Os escultores ficaram conhecidos por seus relevos e pelas ornamentações de púlpitos (a parte elevada da igreja em que o padre prega aos fiéis).

O maior escultor do renascimento foi Michelangelo. Até as pinturas desse artista possuem caráter escultórico. Sua carreira, aliás, começou como escultor.


A escultura "Davi" foi feita por encomenda. Michelangelo começou a executá-la num bloco de mármore abandonado junto à catedral. Esculpida com grande técnica, destaca qualidades "superiores" do homem, como o heroísmo, força, visão dramática e grandiosa do mundo. 

Principais Características das Esculturas nesse período: 


• Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade 
• Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade 
• Profundidade e perspectiva 
• Estudo do corpo e do caráter humano

Pietá

O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles: 

• Dürer | • Hans Holbein | • Bosch | • Bruegel




Albrecht Dürer (1471-1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico (povos de origem germânica que habitam o Norte da Europa), tendo influenciado artistas do século XVI no seu país.. A leveza de seu traço permite a seus trabalhos transmitir com a mesma força uma sensação que passa por realismo e fantasia, naturalismo e magia.
Dürer: Gravura Adão e Eva

RENASCIMENTO :: PINTURA

No Renascimento (séculos XV-XVI). o interesse se voltou para as questões humanas e os ideais de beleza clássica, resgatando as técnicas artísticas gregas do passado. A função da arte assumiu diferentes caminhos: os artistas buscavam representar a realidade com um olhar mais científico e relacionavam diferentes conhecimentos às linguagens artísticas em suas criações, O debate sobre a importância da arte na sociedade ganhou força e status. Vários nomes ficaram conhecidos como grandes mestres da arte renascentista, como o italiano Leonardo Da Vinci, que pintou um dos quadros mais conhecidos do mundo, a obra Mona Lisa (1503-6).>>> Da Vinci ainda se destacou como escultor, cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista,a arquiteto, botânico, poeta e músico.
Saiba mais: http://www.sesisp.org.br/cultura/exposicao/leonardo-da-vinci-a-natureza-da-invencao.html


PINTURA

Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.

– Uso do SFUMATO: transição suave e quase imperceptível entre as áreas de cor na pintura (
técnica de uso de tons claros e escuros). Trata-se de outra característica da perspectiva e cria uma sensação de distanciamento. O termo tem origem na palavra italiana "fumaça".

Realismo: os artistas do Renascimento não vêem mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.

– Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.

 O espírito clássico, a ordem e as formas simétricas são traços marcantes dessa pintura.

Reforçando o que já foi dito, a pintura renascentista inovou com a descoberta da perspectiva, que permite abordar o espaço e a luz de maneira realista. Além disso, a nova técnica da pintura a óleo possibilitou novas associações e graduações da cor. Por fim, o surgimento de novos suportes, como a tela e o cavalete e a imprensa, permitiram uma circulação mais fácil das obras e do pensamento.

Outros pintores, além de Leonardo, deram importante contribuição a este período:

 

Giotto (1266-1337). Pintor italiano, introduziu a perspectiva na pintura. Foi considerado o precursor da pintura renascentista, além de ser, o elo entre essa e a pintura medieval (mais precisamente o estilo Gótico). A característica principal do seu trabalho é a identificação da figura de santos com seres humanos de aparência comum (humanizadas). Sua pintura coincide com a visão humanista que se consolidava naquele momento.

Obra de Giotto di Bondone: Crucificação na Cappella degli Scrovegni, em Pádua (1304-1306)


Botticelli (1444-1510). Pintor da escola florentina, nasceu e viveu em
Florença. Trabalhou na decoração da Capela Sistina, em 1481. Suas obras abordavam principalmente dois temas: a antigüidade grega e o cristianismo. Em sua obra chama a atenção a leveza dos corpos esguios e desprovidos de força: eles parecem flutuar, expressando suavidade e graça.

Obra de Botticelli: 
O Nascimento de Vênus, Galleria degli UffiziFlorença, XV


Ticiano (1490-1576). Foi o maior pintor da escola veneziana. Produziu obras religiosas, mitológicas e retratos utilizando cores vivas e movimentos que mais tarde serviram de base para outros artistas. Suas obras têm um grande apego à vida e à beleza feminina. A paisagem, com freqüência, é mais importante que as figuras. Ticiano foi um dos primeiros a pintar um tipo de paisagem moderna, antecipando diversas características do Barroco e até do Modernismo.

Obra de Ticiano: O imperador Carlos V na batalha de Muhlberg, 1548. Museu do Prado, Madri

Rafael (1483-1520). Da escola romana, destaca-se pela delicadeza de traços, pela conciliação do paganismo com o cristianismo e pelo equilíbrio entre a linha e a cor. Conhecido como o pintor de madonas, tipos ideais de beleza feminina, suaves, muitas vezes convencionais, mas, com eminentes qualidades.
Obra de Rafael Sanzio: A Escola de Atenas, 1509, Stanza della Segnatura, Museus Vaticanos

Suas composições são expressivas na organização e na distribuição dos elementos, massas, volumes, áreas, cores e linhas. Rafael aplicou com sensibilidade os princípios matemáticos e geométricos em seus quadros.

Michelangelo (1475-1564). Arquiteto, pintor, poeta e escultor, é difícil classificá-lo dentro das características gerais das escolas.
Michelangelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia. A pedido do Papa Júlio 2, pintou o teto da Capela Sistina, dividindo-o em nove retângulos para contar a história da criação do mundo e do homem.

As poses das figuras na capela são baseadas em famosas esculturas gregas e romanas. Por isso, uma das raríssimas imagens de Deus, senão a única na cultura ocidental, apresenta um Deus de barba branca, como seriam na antigüidade clássica Zeus e Posseidon, deuses considerados pais. Para os gregos antigos, a barba era uma insígnia (emblema, símbolo) de homem velho e sábio, modelo que persiste até os dias de hoje.





Referências Bibliográficas:

FARTHING, Stephen, TUDO SOBRE ARTE, Ed. Sextante
UTUARI, Solange, LIBÂNEO, Daniela, SARDO, Fábio, FERRARI, Pascoal. POR TODA PARTE, Vol. Único, FTD
http://educacao.uol.com.br/
http://www.historiadaarte.com.br/

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

::Drops:: Linguagens da Arte


É muitíssimo importante que o ser humano desde os primeiros anos de vida tenha contato com desenhos, pinturas, esculturas, músicas, danças, teatro, isto é, com a arte e suas diferentes linguagens. Já na escola, o contato com a arte, além de ser conhecimento, também é fonte de inspiração para a expressão da criança.
Aos poucos, elas vão se familiarizando com as cores, com as linhas, as formas, o sons, os movimentos, enfim, com os conteúdos das artes plásticas e visuais, música, teatro e dança e, com esse conhecimento, com essa alimentação estética, sonora, visual e interpretativa, as crianças estão aptas realizarem suas criações artísticas.
O importante é que em qualquer linguagem a criança consiga se expressar de forma criativa e própria e, para que isso aconteça, o papel do professor é fundamental.

I - Artes plásticas e visuais – Arte das linhas, das formas e das cores
 Modalidades: Desenho, pintura, gravura, escultura, artesanato, cerâmica, tapeçaria, cestaria, colagem, histórias em quadrinhos, fotografia, instalações, arquitetura, imagens por computador, etc. Conteúdos: pontos, linhas, formas, texturas, cores, composição, peso, ritmo, volume, relevo, harmonia, etc.
Kandinsky



II – Teatro – Arte da representação

Modalidades:
 Teatro infantil, juvenil, adulto, tragédia, comédia, teatro de fantoches, teatro de bonecos, mímica, pantomina, circo, cinema, teatro mambembe, televisão (novelas, propagandas, mini-séries, e outros). 

Conteúdos:
 texto teatral, jogos, improvisações, movimentos, gestos, espaços cênicos, época, trilha sonora, maquiagem, adereços e vestimentas.
Grupo de Teatro Sabóia



III – Música – Arte dos sons

Modalidades:
 música como forma de comunicação, gêneros musicais, voz humana, sons corporais, sons produzidos, sons agradáveis, desagradáveis, poluição sonora, improvisação, interpretação e possibilidades de composição musical.
Conteúdos:   Propriedades dos sons (altura, intensidade, duração e timbre). - Elementos da música (melodia, dinâmica, ritmo, timbre, harmonia e textura musical). - Vozes (femininas, masculinas, infantis, grupos musicais, etc). - Instrumentos (corda, sopro, percussão e elétricos). - Notação musical (convencional e não convencional.



IV – Dança – Arte dos movimentos

Modalidades: 
dança como forma, como expressão, como narração, como manifestação social, danças populares, etc.

Conteúdos: 
movimentos, espaço para a dança, espaço pessoal (kinesfera), níveis (baixo, médio e alto), relação corpo x objeto, estilos, coreografia, coreologia.



Fontes:


- Martins, Mirian Celeste Dias – Aprendiz da arte – 1998 
- Martins, Mirian Celeste Dias – Proposta pedagógica para o Ensino da Arte na Ed. Fundamental – SEESP – 1985 / Atualização 2007. 
- Raffa, Ivete – Fazendo arte com os mestres – Ed. Escolar – 2006 
- Raffa, Ivete – As linguagens da arte – Pref. Municipal de Paraguaçu Pta - 2008 

Ivete Raffa 
Arte educadora e pedagoga

::Drops:: CONEXÕES

ARTE E FILOSOFIA - estética e poética

A estética, como um ramo de discussão filosófica, atua na reflexão sobre o papel da arte na vida, sua natureza, seus valores e suas concepções, e discute compreensões de beleza ao logo dos tempos.

A poética é um ramo da filosofia da arte que estuda a qualidade das obras artísticas em função de como são produzidas, o que expressam e o provocam na sociedade. Podemos dizer também que a poética é o modo singular com que fazemos as coisas, ou ainda o jeito particular com que fazemos arte. A poética representa as ideias dos artistas.

Platão dizia que a arte é uma mímesis da vida, como a sombra de um reflexo. A palavra grega mímese 
(mimese, em português) apresenta a ideia de imitação, cópia, reprodução, representação. Aristóteles dizia que a arte é a representação da vida como manifestação poética do ser humano, defendendo que o conhecimento advém da percepção dos sentidos. Os artistas criam arte por meio da poético. A arte imita a vida, porém de modo mais belo.

O Sonho, de Pablo Picasso, recriado pelo ilustrador coreano Kim Dong-Kyu

Referencia Bibliográfica:  UTUARI, Solange, LIBÂNEO, Daniela, SARDO, Fábio, FERRARI, Pascoal. POR TODA PARTE, VOL. ÚNICO, FTD.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

GÓTICO

A arte gótica, ou o estilo gótico, surgiu no norte de onde hoje se localiza a França, no século XII, 
e difundiu-se inicialmente como um estilo arquitetônico para diversas localidades da Europa até o século XV. 
Catedral de Notre-Dame
A arte gótica é considerada como uma expressão do triunfo da Igreja Católica durante a Idade Média, já que era uma expressão artística notadamente religiosa.

Gótico possivelmente deriva de godos, povo bárbaro que invadiu o Império Romano no período de sua decadência.

Esta arte desenvolveu-se entre os séculos XII e XIV na França e espalhou-se pela Europa durante a

Baixa Idade Média.

Na arquitetura, vitrais decorados ensinam, por meio da luz de suas variadas cores refletidas para o interior da igreja, histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.
Nave da Amiens Cathedral
A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas. 

A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.
A escultura está presente nas altas fachadas e portais das catedrais, com um naturalismo que expressa a beleza ideal do divino e facilita o reconhecimento da personagem representada. 

Na pintura podemos destacar as iluminuras realizadas nos manuscritos religiosos, porém somente poucas pessoas tinham acesso a essas escrituras. O trabalho dos ilustradores nas Iluminurasinfluenciaram os pintores dessa fase.



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Na pintura gótica, o nome de Giotto di Bondone (1267-337) destacou-se, apesar de o pintor italiano representar uma transição para o Renascimento, desenvolvendo novas concepções e métodos de trabalho, buscando um realismo cada vez maior. 

 
 

Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no Renascimento.

Em suas pinturas, Giotto valorizava as figuras humanas. Em obras como o Retiro de São Joaquim entre os Pastores ou Lamento ante Cristo Morto, por exemplo, elas aparecem maiores do que as árvores e quase se igualam, em altura, às montanhas que compõem a paisagem.
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O artista gótico holandês Jan Van Eyck (século XV) procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um cuidado com a perspectiva, procurando mostrar os detalhes e as paisagens. 






Referências Bibliográficas:

JANSON, H. W. História Geral da Arte. São 
Paulo: Martins Fontes, 2001.

HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e 
da Arte. São Paulo: Mestre Jou, 1972.

FARTHING, Stephen. Tudo Sobre Arte.

Site Brasil Escola