Três fatores contribuíram para caracterizar a arte e a
arquitetura mesopotâmicas:
1º
- Organização sociopolítica das cidades-estados sumérias e dos reinos e impérios que lhes
sucederam. A guerra era uma constante preocupação dos governos das cobiçadas
terras mesopotâmicas, razão pela qual grande parte da produção artística se
voltava para a glorificação das vitórias militares, como o Estandarte de Ur.
2º
- O segundo fator foi o importante papel desempenhado pela religião nos
assuntos de Estado. Dava-se especial importância às construções religiosas e a
maioria das esculturas servia a fins espirituais.
3º
- O último fator foi a influência exercida pelo meio ambiente. Em virtude da
inexistência de pedra e madeira na região, entre os rios Tigre e Eufrates, onde
é hoje o Iraque, os escultores dependiam da importação desses materiais ou
tinham que utilizar substitutos como a terracota cozida no forno
(argila).
Poucas
obras da arquitetura mesopotâmica sobreviveram ao tempo, ou por que na sua
maioria eram construídas com tijolos de barro, ou devido as inúmeras guerras
vividas pela região.
Os sumérios empregaram a arte musiva (Mosaico) para decorar colunas e paredes. Eles usavam pequenos fragmentos esmaltados de cerâmica.
Os
sumérios foram um povo agrário, uma sociedade próspera governada por reis. Foi
a primeira cidade-estado (Uruk), a primeira religião organizada por hierarquia
de deuses, homens e rituais; primeira língua escrita conhecida (cuneiforme);
cultivo de grãos; primeiros veículos sobre rodas para transporte de bens e
exército.
Como tinham uma vasta rede
comercial entre África, Ásia e Europa, criaram lacres cilíndricos que eram
rolados sobre documentos umedecidos gravados por seu alto relevo para garantir
sua propriedade ou identificação pessoal a um documento, como selos.
Esse
lacres podiam ter várias figuras, em geral vasos e animais em frente a um
relicário ou templo.
As
principais estátuas da região da Mesopotâmia representam homens em pé, e são
chamadas de "oradores", onde destacam-se a face e principalmente os
olhos. No entanto, os relevos foram a principal expressão artística da região,
não só pelas características artísticas, mas para a compreensão da história e
da religiosidade dos povos.
A
arte e arquitetura sumérias serviam como expressões práticas das crenças e dos
rituais religiosos.
Cada
cidade era construída ao redor de um imenso templo em forma de torre chamada Zigurate, feitas de adobe e vários andares com
escadarias, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o
céu.
Em
uma escavação feita em um desses templos em Ur, foi descoberto um enorme
complexo funerário com um extraordinário conjunto de objetos como jóias,
oferendas, armas, ferramentas, vasos instrumentos musicais e jogos de
tabuleiro. O
cordeiro num bosque foi uma dessas descobertas.
Outra
obra de arte descoberta nessas escavações foi o Estandarte de Ur. Na verdade esse estandarte era
uma caixa para guardar um antigo instrumento musical de cordas.
As
cenas das faixas contam uma narrativa visual semelhante a uma história em
quadrinhos.
O Estandarte de Ur (3500
A.C), é considerado pela maioria dos historiadores como o mosaico mais antigo
que se tem conhecimento.
Algumas características:
1)
Grande rei –
Na arte suméria, os personagens são representados hierarquicamente. O tamanho
varia para indicar o poder e importância. Nele o rei é apresentado como pessoa
de tanta grandeza que mesmo sentado “atravessa” o teto.
2)
Efeito de movimento – O artista cria um efeito de
movimento ao alterar o modo de andar dos personagens, que se movem da esquerda
para a direita. Os burros aparecem andando, depois trotando e, por fim,
correndo a galope.
3
Exército Inclemente –
O Quadro Bélico retrata com dramaticidade carruagens com rodas puxados por
burros enfurecidos passando por cima dos cadáveres ensanguentados dos
inimigos, e o artista está elogiando a força brutal e invencível dos homens.
No
verso do estandarte a brutalidade da guerra é esquecida e são retratadas a
batalha vencida e a paz restaurada. Há um banquete com cálices levantados e
homenagem de músico aos reis e aos nobres.
As
cidades-estados sumérias, depois de muito tempo fixadas na Mesopotâmia, acabaram conquistadas por Acádia,
que deu início a essa disnastia.
A
lápide da vitória de Naram-Sin é uma prova da agressividade da dinastia de
Acádia.
A
lápide mostra o rei liderando seus homens até as montanhas do território, e no
ponto mais alto e abaixo dele seus soldados que esmaga o povo derrotado.
Dinastia
é uma sucessão de soberanos, pertencentes à mesma família, por diversas
gerações...
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