sábado, 14 de fevereiro de 2015

MESOPOTÂMIA

Três fatores contribuíram para caracterizar a arte e a arquitetura mesopotâmicas:

1º - Organização sociopolítica das cidades-estados sumérias e dos reinos e impérios que lhes sucederam. A guerra era uma constante preocupação dos governos das cobiçadas terras mesopotâmicas, razão pela qual grande parte da produção artística se voltava para a glorificação das vitórias militares, como o Estandarte de Ur.

2º - O segundo fator foi o importante papel desempenhado pela religião nos assuntos de Estado. Dava-se especial importância às construções religiosas e a maioria das esculturas servia a fins espirituais.

3º - O último fator foi a influência exercida pelo meio ambiente. Em virtude da inexistência de pedra e madeira na região, entre os rios Tigre e Eufrates, onde é hoje o Iraque, os escultores dependiam da importação desses materiais ou tinham que utilizar substitutos como a terracota cozida no forno (argila).   

Poucas obras da arquitetura mesopotâmica sobreviveram ao tempo, ou por que na sua maioria eram construídas com tijolos de barro, ou devido as inúmeras guerras vividas pela região.

Os sumérios empregaram a arte musiva (Mosaico) para decorar colunas e paredes. Eles usavam pequenos fragmentos esmaltados de cerâmica.
Vários povos antigos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. 

Os sumérios foram um povo agrário, uma sociedade próspera governada por reis. Foi a primeira cidade-estado (Uruk), a primeira religião organizada por hierarquia de deuses, homens e rituais; primeira língua escrita conhecida (cuneiforme); cultivo de grãos; primeiros veículos sobre rodas para transporte de bens e exército.


Como tinham uma vasta rede comercial entre África, Ásia e Europa, criaram lacres cilíndricos que eram rolados sobre documentos umedecidos gravados por seu alto relevo para garantir sua propriedade ou identificação pessoal a um documento, como selos.
Esse lacres podiam ter várias figuras, em geral vasos e animais em frente a um relicário ou templo.
Podiam também ser pressionados contra uma massa de argila que quando seca formava um selo. Eram feitos de concha, lápis-lazuli, bronze, prata, ouro ou mármore.



As principais estátuas da região da Mesopotâmia representam homens em pé, e são chamadas de "oradores", onde destacam-se a face e principalmente os olhos. No entanto, os relevos foram a principal expressão artística da região, não só pelas características artísticas, mas para a compreensão da história e da religiosidade dos povos.

A arte e arquitetura sumérias serviam como expressões práticas das crenças e dos rituais religiosos.
Cada cidade era construída ao redor de um imenso templo em forma de torre chamada Zigurate, feitas de adobe e vários andares com escadarias, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu.      






Em uma escavação feita em um desses templos em Ur, foi descoberto um enorme complexo funerário com um extraordinário conjunto de objetos como jóias, oferendas, armas, ferramentas, vasos instrumentos musicais e jogos de tabuleiro. O cordeiro num bosque foi uma dessas descobertas.



Outra obra de arte descoberta nessas escavações foi o Estandarte de Ur. Na verdade esse estandarte era uma caixa para guardar um antigo instrumento musical de cordas.
As cenas das faixas contam uma narrativa visual semelhante a uma história em quadrinhos.
O Estandarte de Ur (3500 A.C), é considerado pela maioria dos historiadores como o mosaico mais antigo que se tem conhecimento.

Algumas características:

1) Grande rei – Na arte suméria, os personagens são representados hierarquicamente. O tamanho varia para indicar o poder e importância. Nele o rei é apresentado como pessoa de tanta grandeza que mesmo sentado “atravessa” o teto.

2) Efeito de movimento  O artista cria um efeito de movimento ao alterar o modo de andar dos personagens, que se movem da esquerda para a direita. Os burros aparecem andando, depois trotando e, por fim, correndo a galope.

3 Exército Inclemente – O Quadro Bélico retrata com dramaticidade carruagens com rodas puxados por burros enfurecidos passando por cima dos cadáveres ensanguentados  dos inimigos, e o artista está elogiando a força brutal e invencível dos homens.

No verso do estandarte a brutalidade da guerra é esquecida e são retratadas a batalha vencida e a paz restaurada. Há um banquete com cálices levantados e homenagem de músico aos reis e aos nobres.


As cidades-estados sumérias, depois de muito tempo fixadas na Mesopotâmia, acabaram conquistadas por Acádia, que deu início a essa disnastia.
A lápide da vitória de Naram-Sin é uma prova da agressividade da dinastia de Acádia.
A lápide mostra o rei liderando seus homens até as montanhas do território, e no ponto mais alto e abaixo dele seus soldados que esmaga o povo derrotado.
O rei olha para o céu, de onde sinais divinos parecem abençoar suas ações.




Dinastia é uma sucessão de soberanos, pertencentes à mesma família, por diversas gerações...

Em 2000 a. C., o esgotamento do solo provoca o declínio da região sul da Mesopotâmia e a população se muda para o norte.

 Roda Suméria


FONTE: FARTHING, Stephen. TUDO SOBRE ARTE

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